HINO DO MUNICÍPIO


 Letra: Prof. Gessé Souza Silva
Prof. Rodrigues Silva
Música: Tte. Bernado da Silva



Anguera, avanças diariamente, 
Com a experiência dos velhos,
Com a vitalidade dos jovens,
Com a união envolvente.
                         
Salve, salve, salve,
Anguera tradicional!
Salve, salve, salve,
A Bandeira Municipal!

Construída por braços fortes,                              
Preservada por espíritos sadios,                                                  
Te amaremos até a morte,
Anguera querida do nosso Brasil!

Salve os filhos queridos, 
Que nesta terra nasceram!
Salve os bons imigrantes,
Que muito a desenvolveram.


Tua hospitalidade,
Teus verdes e lindos campos,
Têm a bênção da Padroeira,
Que os envolve em suave manto!

Um belo azul te cerca
No alto céu, azul anil,
Tu és independente,
De espírito varonil!     





HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

Segundo o Guia Cultural da Bahia, á área onde se encontra o município de Anguera foi habitada originalmente pelos indígenas Paiaiás, tendo se formado no século XIX em torno da Fazenda Almas (pouso obrigatório de tropeiros em trânsito para o porto de Cachoeira).

Sua sede, transformada em distrito com o nome de Almas, em 1980, mudado para Anguera em 1943, foi elevada à cidade quando da criação do município. Anteriormente, Anguera pertencia ao município de Feira de Santana e obteve sua emancipação política aos 20 (vinte) dias do mês de novembro do ano de 1961, atraves da Lei nº 1.558.

A origem do município de Anguera está ligada a precariedade das condições de Vida da população nordestina e às dificuldades de sobrevivência. Seu núcleo de povoamento inicial foi a Fazenda Almas, que pertencia a família do Sr. José Marques de Oliveira Lima, negociante de Feira de Santana que se mudou com toda família devido a um surto de febre numa época anterior a 1830. Esta denominação do primeiro núcleo de povoamento do município decorreu do fato de várias pessoas terem morrido, provavelmente de cólera, nas proximidades do povoado de Soledade, sendo enterradas nesta localidade.

Em 1855 foram criadas escolas, uma capela e uma unidade policial. Assim, a localidade foi elevada à categoria de distrito, sendo povoada também por outras famílias que buscavam melhores condições de vida, encontrando ali solos férteis para a atividade agropecuária.
Seus antigos moradores contam que o nome Anguera possui raízes no vocábulo AnhAnguera (do tupi añã’qwera). Este era o apelido de um negro chamado Manoel Cajazeiras. Dize-se que este personagem teria sido um escravo que viveu cerca de 115 anos. Tal apelido estaria associado a seu comportamento muito “travesso”, o que justificaria inclusive seu outro apelido: “diabo velho”.

A emancipação há mais de quarenta anos não chegou a propiciar um conjunto de atividades econômicas auto-sustentáveis à Anguera. Sua existência, inclusive como unidade administrativa, continuou sendo determinada de fora para dentro: os grupos políticos de Feira de Santana continuaram influenciando eleitoralmente seus habitantes. Hoje a arrecadação publica é predominantemente proveniente de transferências do estado e da união e os aposentados constituem-se num grupo de consumidores cujas regularidades da renda e volume de recursos são dos mais representativos para a economia local.

Sua principal atividade econômica é a pecuária, com destaque para os rebanhos de eqüinos e suínos, menos pela expressão em relação à região ou ao estado da Bahia e mais em decorrência da fragilidade das outras atividades. Possui apenas seis industrias e 47 estabelecimentos comercias, colocando-a respectivamente, nas 139ª e 266ª posições na Bahia. Enquanto consumidor de energia elétrica, o município ocupa o 195º lugar no estado. Sua inserção regional da-se mais pela religiosidade do que pela importância de suas atividades produtivas.